quarta-feira, 26 de maio de 2010

Desabafo III - A Tua Ausência Carece de Palavras



Poderia ser a força, a resistência, capacidades intrínsecas em todos os seres humanos. Poderia eu assim ser, algum forte à beira mar, levando com as águas salgadas sempre que estas escorressem pelas minhas pupilas rochosas. Como seria tudo mais fácil se a tua ausência carece de silêncio, ou então se o teu silêncio se enchecesse de presença. Tenho saudades da ingenuidade da tua íris dourada, preciso de chorar acolhida no teu abraço, para depois poder morrer mais uma vez na paixão transmundal que largavas em mim. No entanto, perco tempo a divagar acerca de como as coisas poderiam ser fáceis, quando sabemos que o complicado não se facilita. Surge sempre uma voz ao fundo da rua que nos faz andar, existe sempre um letreiro que nos indica um caminho, e este uma saída… para o vazio que deixaste dentro do nada que em mim existia. Amo-te, odeio o modo como me abandonas nesta vida fria.

texto e fotografia por Natacha Batista

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