Hoje sou sugadora de sangue. Hoje quero morder-te o pescoço, quero matar-te. Hoje eu não sou vampira mas sou uma mortal apavorada pelo amor, por esse cancro que nos corrói a alma de uma forma lenta e dolorosa, como se nos queimassem os olhos num fogo infernal. Hoje quero me livrar de ti, antes que este amor me tire a vida. Desejo morrer muito mais que matar-te, mas eu já estou morta desde o dia em que te foste embora. Levaste-me a alma, deixaste-me o corpo apagado e mole, sem brilho, estupefacto no meio destas avenidas de merda repletas de gente sem personalidade. Quero que morras comigo, que me envenenes as veias com o teu sangue negro e mortífero. Talvez assim sinta melhor a tua acidez, talvez esta me corroa o pouco de alma que me resta, se é que ainda resta alguma (…). A tua não presença torna-me num ser escuro e macabro, sarcástico e masoquista. Olha para mim, vês a noite escura que trouxeste? Tornaste-te no meu eclipse e eu na tua lua nova, foi este negrume que despertou a paixão? Agora morreremos os dois, envenenados pelo passado, numa noite encardida, onde a única luz provém do teu grito de renúncia.
domingo, 14 de março de 2010
Eclipse
Hoje sou sugadora de sangue. Hoje quero morder-te o pescoço, quero matar-te. Hoje eu não sou vampira mas sou uma mortal apavorada pelo amor, por esse cancro que nos corrói a alma de uma forma lenta e dolorosa, como se nos queimassem os olhos num fogo infernal. Hoje quero me livrar de ti, antes que este amor me tire a vida. Desejo morrer muito mais que matar-te, mas eu já estou morta desde o dia em que te foste embora. Levaste-me a alma, deixaste-me o corpo apagado e mole, sem brilho, estupefacto no meio destas avenidas de merda repletas de gente sem personalidade. Quero que morras comigo, que me envenenes as veias com o teu sangue negro e mortífero. Talvez assim sinta melhor a tua acidez, talvez esta me corroa o pouco de alma que me resta, se é que ainda resta alguma (…). A tua não presença torna-me num ser escuro e macabro, sarcástico e masoquista. Olha para mim, vês a noite escura que trouxeste? Tornaste-te no meu eclipse e eu na tua lua nova, foi este negrume que despertou a paixão? Agora morreremos os dois, envenenados pelo passado, numa noite encardida, onde a única luz provém do teu grito de renúncia.
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FANTÁSTICO.
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