terça-feira, 26 de maio de 2009

“Será o Prestígio Social Superior a Uma Voz Revolucionária e Justiceira?”

É um facto bem visível, nos dias de hoje, que a sociedade valoriza demasiado a fama e o dinheiro. Num momento em que o poder controla a sociedade, é pertinente questionar se a humildade permanece no ser humano, ou se, pelo contrário, este valor tropeçou nos degraus da fama e da luxúria.
Considero que a fama está ligada ao dinheiro, e que se a personalidade for famosa, esta fama é recompensada com muito dinheiro. Tomemos como exemplo um jogador de futebol português x que joga no estrangeiro e recebe 563,55 mil euros mensais, enquanto um médico professional y que diariamente salva vidas ganha cerca de 0,5% desse valor e não recebe o respeito de ninguém. É esta a injustiça em que mergulha o mundo.
Penso que ao escolher um curso superior, a maioria das pessoas opta pelo que tem mais saída professional e ordenados elevados, trabalhando por vezes em coisas que não gosta. A não opção pela sua verdadeira vocação faz com que a pessoa se torne frustrada e arrogante na práctica da sua profissão. É deste modo que surgem os médicos antipáticos que nos despacham do consultório com receita médica passada sem precedente análise.
Creio que existe “sede” de poder por parte de indivíduos de todos os tipos de classes sociais: desde a peixeira que quer ser presidente da associação de moradores, ao médico que quer ser presidente da Câmara Municipal. Mais uma vez o poder se revela numa aspiração comum a todos, cujo objectivo é alcançar superioridade sobre os outros.
Falemos agora do egocentrismo citadino por parte dos mais poderosos. Observe-se o clássico exemplo dos políticos. Estes colocam interesses pessoais em primeiro plano, em detrimento dos interesses da sociedade. E para a sua “boa” fama não desabar, ajudam amigos e familiares a ocupar lugares aos quais outras pessoas teriam direito pelo facto de terem níveis de escolaridade mais elevados e currículos com melhor qualidade.
Estou convicta de que o cidadão comum julga as pessoas pela aparência e quem não se veste consoante os valores predefinidos pela sociedade é descriminado. Nos dias de hoje, a aparência consegue valer mais que um bom currículo numa entrevista de emprego. Tais factos revelam a ausência de valores morais que assombram o século em que vivemos.
Por todas estas razões, sou completamente contra à excessiva valorização da fama e do dinheiro por parte da sociedade. Do meu ponto de vista, acho que está na hora de desviarmos o olhar do nosso umbigo e contemplar a injustiça residente neste mundo. Será o prestígio social superior a uma voz revolucionária e justiceira? Não, porque existe uma coisa que a fama e o dinheiro não podem comprar: a vossa alma.

2 comentários:

  1. se foste tu que escreveste isto, epa parabens ;)

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  2. bem, mas precisas de perceber que é necessário manter uma aparencia, e será chegada uma altura em que o terás de fazer ou terás de viver marginalizada (não no sentido de uma má pessoa, mas uma pessoa que vive à margem da sociedade) ou com muita sorte terás o que queres sem arriscares a falsa aparencia. é triste,não deveria ser assim, mas temos de sobreviver e por isso mesmo acaba por ter de ser! a aparencia conta muito, sei que tu tal como eu sempre que ves alguem, o primeiro juizo que fazes antes de sequer este abrir a boca é sobre a sua aparencia. Não me interpretes mal, eu penso que a aparencia nao deveria contar assim tanto como isso, como conta hoje em dia, nos tempos de confusao em que vivemos! somos uma geração sem quaiquer objectivos, muitos se sentem sem sentido, enfim, tão mal escrevo, que tanto fica ainda por dizer. só para terminar, o prestigio social é realmente superior, mas cabenos a nós, aos que vêm realmente surgir ainda que vivamos no meio desta sociedade louca, como uma voz revolucionaria e justiceira. perdi-me um pouco, acho q nao ficaste a ver bem o meu ponto de vista. enfim, qualquer questão sobre isso mesmo responde à vontade por aqui, que passarei por aqui a espera de uma resposta. desculpa a invasão.

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