Quero-te. Estou farta de agarrar o vazio do ar cada vez que anseio a tua presença. Tudo é tão frio sem o teu abraço morno, tudo é tão indefinido sem a forma curvilínia dos teus lábios. Levanto-me, deito-me, sento-me. Não durmo. Levaste-me o sono, a alma, o meu ser empolgante no meio das avenidas desta cidade. Sou cega e surda, devoraste-me os sentidos. Sinto-me habitante de um mundo criado no negrume da minha incapacidade visual, onde todos os sons não são sons, mas memórias dos tempos em que escutava as pessoas nas esplanadas e os seus passos na rua. Não estou viva, nem morta... e tu ainda és vivo. Porquê escolheres ser um vivo morto quando podes ser um morto com vida?
terça-feira, 22 de junho de 2010
Desabafo VI - Quero-te
Quero-te. Estou farta de agarrar o vazio do ar cada vez que anseio a tua presença. Tudo é tão frio sem o teu abraço morno, tudo é tão indefinido sem a forma curvilínia dos teus lábios. Levanto-me, deito-me, sento-me. Não durmo. Levaste-me o sono, a alma, o meu ser empolgante no meio das avenidas desta cidade. Sou cega e surda, devoraste-me os sentidos. Sinto-me habitante de um mundo criado no negrume da minha incapacidade visual, onde todos os sons não são sons, mas memórias dos tempos em que escutava as pessoas nas esplanadas e os seus passos na rua. Não estou viva, nem morta... e tu ainda és vivo. Porquê escolheres ser um vivo morto quando podes ser um morto com vida?
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A mestria de sempre, adoro Natacha.
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