No espelho se revela o reflexo
De uma mente amarga
O olhar disperso não tem nexo
Eu fui a culpada de tanta sobrecarga
Tremores frios quebram o gelo
Da estátua humana que o tempo criou
Relembro as ruínas do nosso castelo
Custa tanto acreditar que acabou
Na areia escrevi juras de amor
No mar se afundou a minha mente
As rochas transmitiam dor
Deixei-me levar na corrente
Por mais que tentasse adormecer
Os teus lábios permaneciam no meu olhar
Como é que eu deixei isto acontecer
Como é que eu me fui apaixonar...
As memórias são levadas pelo vento
Deixo fluir o destino
Já não sei viver o momento
Sem o teu olhar cristalino...
texto e fotografia por Natacha Batista
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